sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A mulher invisível e a moral da história

Recebi a indicação para estar assistindo o filme “A mulher invisível”.
Amei o filme...Essa produção mostra que filme brasileiro não precisa ser cheio de sacanagem para agradar.
Mas o que realmente me motivou a falar sobre ele aqui no blog, foi a ênfase dada a maneira como estamos nos relacionando uns com os outros.
Como nos relacionamos com as pessoas que estao ativamente em nossas vidas?
Como lidamos com o fato de estarmos envelhecendo?
Como lidamos com as oportunidade de relacionamentos interpessoais, sejam elas amoras, amizades, interesses?
No início do filme mostra a forma com que Pedro(Selton Mello) trata sua esposa. Ele chega em casa com flores, a tratando com palavras carinhos e recebe a notícia que ela se sente sufocada, ignorada e invisível ao lado dele, por isso ela quer o divorcio.
Pedro entra em uma forte indagação no que deu errado no seu casamento e se depara com uma amardilha de sua mente, gerando alguém perfeito, que lida com ele de forma irrepreensivel.
O que nos leva a refletir também na maneira como lidamos com as pessoas que fazem parte integralmente de nossas vidas.
Será que nós estamos tratando nossos pais, amigos, esposos(as), namorados(as) como se fossem invisiveis?
Será que estamos sufocando estas pessoas que nos acolhem, nos educa?
Sempre vamos nos deparar com as mesmas respotas, de nós mesmos para nós mesmos...”Não tenho tempo...”, ”Minha vida tem sido tão corrida...”, “Um dia, talvez...”. Gente sejamos realistas, as oportunidades são unicas, nada é para sempre, nada é eterno. Já pararam para pensar senão houver “um dia...”, um “Talvez”, o que faremos?
Em outra parte Pedro (Selton Mello) questiona a maneira como seu amigo Carlos (Vladimir Britcha) tem levado a sua vida de solteiro, já que ele não acredita em passar a vida toda ao lado de uma mesma mulher. Afirma enfaticamente que se caso Carlos continuar com aquela atitude de extrema liberdade e total desapego irá ficar sozinho, sem filhos, sem uma companheira. Essa afirmação causa em Carlos uma profunda preocupação, que o leva a observar as pessoas a sua volta.
Essa sequência de cenas nos alerta para o poder de foco nas nossas mentes, veja bem, ele começa a observar casais de várias idades juntos e um senhor de idade sozinho da mesa o bar, afinal quantas e quantas vezes ele ja esteve ali e não prestou atenção no que se passava a sua volta.
Quantas histórias de pessoas que se sentiam uma passo a frente como Carlos, se desesperaram ao se encontrar naquela situação e se casaram de forma impassada gerando assim descontentamento e traições nas famílias.
Gente, sabemos que relacionamentos não são simples, mas sabemos também que somos criaturas criadas para nos relacionarmos sempre.
Não vivemos sozinhos, não progredimos sozinhos, não trabalhamos sozinhos...
O que devemos fazer então? Sequestrar um onibus e sair igual um louco ferindo pessoas desconhecidas? Nãooooooooo....Definitivamente não! A resposta para isso esta em aceitar as pessoas como elas são. Elas não seram as mesmas sempre, porque estamos sempre em transformações.
Devemos respeitar as diferenças, trabalhas as coisas que nos incomodam, pois afinal também incomodamos alguém de uma forma ou de outra.
Só devemos exigir aquilo que oferemos, se não somos perfeitos não poderemos exigir a perfeição.
No final do filme Pedro(Selton Mello) diz a Amanda(Luana Piovani) que nunca se sentiu tão bem quanto naquele momento e ela responde a ele que se senti assim porque esta bem consigo mesmo.
Enfim, eu quiz compartilhar tudo isso, porque nunca é tarde para se mudar, melhorar, progredir, devemo refletir sobre quando a porta da felicidade se fecha, outra porta se abre. Porém, estamos tão presos àquela porta fechada que não somos capazes de ver o novo caminho que se abriu. E nos desapegar a velhas coisas, nos dar a oportunidade de viver bem com o novo...

Brunna Andrade

Um comentário: